Projeto será desenvolvido ao longo de 3 meses e terá validade de 4 anos (de 2022 a 2025).
O Sebrae de Minas Gerais precisava de uma consultoria especializada em turismo para elaborar o Plano de Desenvolvimento Estratégico para a Associação do Circuito Turístico Montanhas e Fé, região que abrange 20 municípios da Zona da Mata mineira, e a ABET (Agência Brasileira de Engenharia Turística) foi quem venceu a licitação para conduzir esse projeto.
A reunião de start aconteceu na última semana com participação do diretor-executivo, Dener Fonseca, e da coordenadora de projetos, Kássia Monteiro, ambos da ABET, do presidente do CT Montanhas e Fé, Marcílio Oliveira Medeiros, e da gestora do CT, a turismóloga Gabriela Sousa Ribeiro.
Para Ribeiro, “a falta de investimento no setor é um dos principais gargalos que freiam o desenvolvimento do nosso Circuito Turístico atualmente. Aqui, temos dois elementos muito especiais: a vivência e a celebração da fé para além de religiosidade, com foco na questão da espiritualidade, e também o clima interiorano da região, uma vez que, mesmo com o desenvolvimento nas diferentes esferas (econômica, social e cultural), ainda mantém fortes características do típico interior mineiro, tendo o rural como ponto forte”.
Na ocasião, Fonseca explicou como serão as etapas do projeto e o que o CT Montanhas e Fé pode esperar como resultado de forma geral: “esse Plano trará uma mudança de perspectiva na forma com que o turismo regional é planejado e gerido em Minas Gerais, além de propor o primeiro Sistema Regional de Inteligência Turística do estado. Estou muito empolgado com os trabalhos porque sei que o CT Montanhas e Fé e seus municípios se tornarão referências em gestão institucional da atividade turística no Brasil”.
Na primeira etapa do projeto será feito um reconhecimento (com coleta de dados) da atual realidade do CT para entender “onde estamos”, referente a 3 áreas de trabalho de gestão de circuitos turísticos: relação institucional, estrutura administrativa e produtos turísticos, e, nesta fase, cada um dos gestores do turismo dos 20 municípios associados será ouvido. Após isso, serão desenvolvidas as propostas de atuação para os 4 anos previstos do planejamento, com diretrizes, objetivos, ações estratégicas e os programas e projetos para que o CT já entre em 2022 a todo vapor com a execução do projeto.
Para a coordenadora Kássia Monteiro, “com a contribuição de um novo olhar como o da ABET quanto ao planejamento e à gestão turística do CT, esperamos somar ao trabalho ímpar que já vem sendo feito pela diretoria do Circuito, ajudando, assim, a aprimorar sua gestão e posicionamento no mercado”.
As expectativas com o desenvolvimento do Plano estão bem altas: “O projeto traz uma nova perspectiva para o turismo regional, trabalhando em especial a valorização e o fortalecimento da nossa identidade. Assim, vejo como uma oportunidade de, para além do desenvolvimento turístico, um desenvolvimento social, fortalecendo a relação de pertencimento das comunidades de cada um dos municípios que integram nosso Circuito”, finaliza Gabriela.
O que é o Circuito Turísticos Montanhas e Fé
Circuitos Turísticos são entidades sem fins lucrativos, que caracterizam a política pública de Regionalização do Turismo de Minas Gerais. Também são chamados de Instâncias de Governança Regionais do Turismo e, conforme explicado no site da própria instituição, “são associações de municípios que são próximos geograficamente e possuem afinidades culturais, sociais e econômicas, e que se unem para promover a atividade turística de forma integrada. O Circuito Turístico Montanhas e Fé é uma associação localizada na Zona da Mata de Minas Gerais e que abrange 20 municípios (Abre Campo, Barra Longa, Diogo de Vasconcelos, Guaraciaba, Jequeri, Matipó, Paula Cândido, Pedra do Anta, Ponte Nova, Raul Soares, Rio Casca, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santo Antônio do Grama, São Domingos do Prata, São Miguel do Anta, São Pedro dos Ferros, Sem Peixe, Sericita, Urucânia). Com vocação especial para o turismo religioso e rural, o Circuito vem trabalhando o desenvolvimento turístico na região por meio de ações e projetos que envolvem os setores público e privado (trade turístico) e a comunidade em geral”.
Cachoeira Grande – Jequeri (Foto: acervo ACTMF – Bruno Zoqbi) 
Lagoa Grande – Rio Casca (Foto: acervo ACTMF – Bruno Zoqbi) 
Mirante Santuário Nossa Senhora das Graças – Urucânia (Foto: acervo ACTMF – Bruno Zoqbi) 
Pedra do Oratório – Santo Antônio do Grama (Foto: acervo ACTMF – Bruno Zoqbi) 
Pontilhão de Ferro – Rio Casca (Foto: acervo ACTMF – Bruno Zoqbi)
